21 novembro 2008

Quatro Anos sem Celso Furtado


Há quatro anos os brasileiros, sobretudo os Economistas e Estudantes de Economia, sofreram, uma perda irreparável.Partia o nosso Grande CELSO FURTADO, deixando-nos, como referências inesquecíveis, os seus impares e magnânimos exemplos de cidadania, como homem público, intelectual brilhante, professor abnegado, administrador público responsável e íntegro, além do seu profundo comprometimento com o desafio do desenvolvimento regional, hoje, no Brasil, reduzido a um simples e poderoso esquema de liberação de verbas públicas federais, destinadas a adubar interesses paroquiais e fisiológicos.Foram gerações de Economistas, no Brasil, nas Américas, na Europa, na África e na Ásia, que o tiveram como grande Mestre, em aulas ministradas no Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, EUA, na Universidade de Sorbone em Paris, na Universidade de Cambridge na Inglaterra, sempre acolhido com muito carinho e respeito, sobretudo depois que, brutalmente, lhe cassaram os direitos políticos. Mas suas dezenas de obras serviram e servem também de farol, a iluminar os caminhos dos que queriam e queiram entender melhor a questão do subdesenvolvimento, e a busca de sua superação.Nascido em Pombal, na Paraíba, desde cedo demonstrou sua paixão pela Economia e seu compromisso com a Democracia. Pela primeira trocou seu diploma de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Pela segunda, ainda bem jovem, como Tenente de Infantaria R/2, formado pelo CPOR, seguiu para os campos de batalha da Itália, como voluntário na II Guerra, para lutar contra o Fascismo. Uma aula de coerência para todos os brasileiros, sobretudo para aqueles que se dizem Democratas de longas datas.Ao longo desses anos da perda irreparável, os Economistas brasileiros, assim como vários setores da sociedade civil organizada, continuam a reverenciar sua memória.Hoje, mais do que nunca, a melhor forma de render-lhe homenagem, será sempre tê-lo como fonte de inspiração, paradigma de vida, pelos múltiplos e imorredouros exemplos de estadista, intelectual e cidadão do Mundo que nos legou. Assim fazendo, nós Economistas estaremos eternizando seus ensinamentos de Mestre.
São Paulo (SP), 20 de novembro de 2008.
Econ. Edson Roffé BorgesPresidente

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