18 outubro 2013

Seminário de Trabalho Decente do MTE

 Fui ao Seminário de Trabalho Decente, promovido pelo MTE, como parte da tarefa de defender os trabalhadores que represento, pois estou na diretoria de algumas entidades - SINDECON-DF, FENECON (ambas da profissão de Economista), SINAEG e ASSMDA (servidores públicos federais).

O presidente do Sindicato Nacional dos Engenheiros, Arquitetos, Economistas, Estatísticos e Geólogos (Sinaeg) e Diretor Nacional da ASSEMDA, Flauzino Antunes Neto, representou a CGTB no I Seminário de Promoção de Política Nacional do Emprego e Trabalho Decente da região Centro-Oeste, em Brasília, no dia 7 de outubro. O evento contou na abertura com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e do diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Rider.
Manoel Dias anunciou que vai discutir com a sociedade civil a implementação de um sistema único de emprego no país, que vai substituir o atual Sistema Nacional de Emprego (Sine). "Vamos discutir com a sociedade civil a criação de um sistema nos moldes do sistema único de saúde e da assistencial social. A intenção é que ao fim do dos cinco seminários que vamos realizar em todo país, possamos apresentar a proposta de um novo Sine, que responda a necessidade do mercado de trabalho", disse o ministro
A proposta, segundo o ministro, é que o novo Sine absorva novas atividades e seja o protagonista da política de intermediação de mão-de-obra no país. "Vamos reestruturar o sistema e para isso estamos ouvindo a sociedade, por meio dos seminários tripartites que vão acontecer em todas as regiões. O sistema precisa de uma reforma para recuperar o seu protagonismo e não queremos fazer isso sozinhos e sim ouvindo a sociedade", afirmou Manoel Dias.
Na sua intervenção Flauzino Neto colocou que é "a política de juros altos e de superávit primário tem prejudicado trabalhadores e empresários, impedindo o crescimento econômico e sufocando o crescimento da indústria e do setor produtivo".
"É grande a disputa dos trabalhadores e empresários nacionais com banqueiros, que estão sendo beneficiados com o dinheiro que está sendo alocado do Orçamento para o superávit primário. Com o país destinando todo ano R$ 239 bilhões para o pagamento de juros aos nossos credores, faltam recursos para as questões de apoio ao trabalhador, como o Sine", disse Flauzino.
O dirigente sindical defendeu "a regulamentação da Convenção 151 da OIT (que dispõe sobre o direito a negociação coletiva, organização e custeio das entidades sindicais e a greve no serviço público) para combater os problemas que atingem os trabalhadores do setor público que sofrem com assédio moral e falta de estrutura".
"Um exemplo: não tem uma política definida de pagar vale-transporte para todos os trabalhadores do setor público. O auxílio transporte é insuficiente e o trabalhador às vezes precisa pagar para ir trabalhar", indicou Flauzino.

15 outubro 2013

O Petróleo é Nosso! Não ao Leilão do Pré-Sal!




Estou  na defesa do Pré-Sal brasileiro, me colocando contrário ao leilão do campo de Libra, marcado para o dia 21/10 na próxima semana, junto com várias entidades representativas do povo brasileiro (ASSEMDA, CGTB, CSP-CONLUTAS entre outras).

O campo de Libra, é o maior dos campos do pré-sal e também um dos maiores do mundo, sua reservas são estimadas em 14 bilhões de barris, descoberta essa, graças ao esforço de anos e anos de  pesquisa, desenvolvimento e suor do povo brasileiro. O que está em jogo são os valores gerados por Libra, pois, serão retirado aproximadamente 700 milhões de barris/ano; se cada barril for vendido por US$ 90,00 (cotação média do barril no mercado internacional), retirando disso o custo de US$ 20,00, teremos arredondamente algo de US$ 50 bilhões/ano, durante 20 anos de produção. Resolvendo os problemas de contas externas, balança comercial e permitindo ao governo federal controlar a suas contas, abaixando o juros (não dependeríamos da entrada de dólares por essa via) e diminuindo a necessidade de superávit fiscal, liberando o orçamento da União para mais Investimentos, Programas Sociais, aos Servidores e ao Desenvolvimento (com esse montante daria para manter 800 anos o que se gasta hoje com educação) .

08 agosto 2013

Mario Possas em Entrevista

Em excelente, entrevista ao Blog da Associação Keynesiana Brasileira, o Prof. Mário Possas, coloca a sua visão sobre economia e política, sua formação e sua trajetória de produção acadêmica, deste quem sem dúvida é um dos mais brilhantes pensadores da economia nacional.

Segue a entrevista

a) Por que você resolveu estudar economia?
Vim da Engenharia: me formei em Comunicações em 1970 (IME) e já me interessava por Economia antes disso. Depois de 3 anos de trabalho entrei para a primeira turma de Mestrado em Economia da UNICAMP para viver de bolsa. Como dizia na época, “não me interessa abrir a caixa-preta, e sim saber onde ela está ligada”.
b) Em que momento você teve contato com as ideias de Keynes? Qual foi sua reação a elas?
Durante o Mestrado. Também tive contato em simultâneo com Kalecki, a quem preferia por ser mais direto e menos confuso (ele também tinha currículo de engenharia, não sei se chegou a se graduar). Aprendi no Doutorado a entender e valorizar mais Keynes, não só sendo aluno da Conceição e do Belluzzo, mas lendo Minsky (principalmente o JMK de 1975).
c) Que pessoas você considera seus mentores no estudo de economia?

12 julho 2013

11 de julho Dia Nacional de Lutas

Apoio a Luta Geral dos Trabalhadores

A ASSEMDA (servidores do MDA) e os servidores do INCRA e com apoio do MST, se juntaram a mobilização do Dia Nacional de Lutas. 
Marcaram a participação, através de seus Diretores Almir Cézar e Flauzino Neto (ASSEMDA), foram entrevistados pela Rede Record do DF, do programa Balanço Geral.



24 junho 2013

Uma breve história da luta da grande mídia contra os interesses nacionais


Leandro Severo (*) 

Em 1941, enquanto milhões de homens e mulheres derramavam seu sangue pela liberdade nos campos da Europa e da União Soviética, a elite dos círculos financeiros dos Estados Unidos já traçava seus planos para o pós-guerra. Como afirmou Nelson Rockefeller, filho do magnata do petróleo John D. Rockefeller, em memorando que apresentava sua visão ao presidente Roosevelt: "Independente do resultado da guerra, com uma vitória alemã ou aliada, os Estados Unidos devem proteger sua posição internacional através do uso de meios econômicos que sejam competitivamente eficazes..." (COLBY, p.127, 1998). Seu objetivo: o domínio do comércio mundial, através da ocupação dos mercados e da posse das principais fontes de matéria-prima. Anos mais tarde o ex-secretário de imprensa do Congresso americano, Gerald Colby, sentenciava sobre Rockefeller: "no esforço para extrair os recursos mais estratégicos da América Latina com menores custos, ele não poupava meios" (COLBY, p.181, 1998).

Neste mesmo ano, Henry Luce, editor e proprietário de um complexo de comunicações que tinha entre seus títulos as revistas Time, Life e Fortune, convocou os norte-americanos a "aceitar de todo o coração nosso dever e oportunidade, como a nação mais poderosa do mundo, o pleno impacto de nossa influência para objetivos que consideremos convenientes e por meios que julguemos apropriados" (SCHILLER, p.11, 1976). Ele percebeu, com clareza, que a união do poder econômico com o controle da informação seria a questão central para a formação da opinião pública, a nova essência do poder nacional e internacional.

Evidentemente para que os planos de ocupação econômica pelas corporações americanas fossem alcançados havia uma batalha a ser vencida: Como usurpar a independência de nações que lutaram por seus direitos? Como justificar uma postura imperialista do país que realizou a primeira insurreição anticolonial?

A resposta a esta pergunta foi dada com rigor pelo historiador Herbert Schiller: "Existe um poderoso sistema de comunicações para assegurar nas áreas penetradas, não uma submissão rancorosa, mas sim uma lealdade de braços abertos, identificando a presença americana com a liberdade – liberdade de comércio, liberdade de palavra e liberdade de empresa. Em suma, a florescente cadeia dominante da economia e das finanças americanas utiliza os meios de comunicação para sua defesa e entrincheiramento onde quer que já esteja instalada e para sua expansão até lugares onde espera tornar-se ativa" (SCHILLER, p.13, 1976).

Foi exatamente ao que seu setor de comunicações se dedicou. Estava com as costas quentes, já que as agências de publicidade americanas cuidavam das marcas destinadas a substituir as concorrentes europeias arrasadas pela guerra. O setor industrial dos EUA havia alcançado um vertiginoso aumento de 450% em seu lucro líquido no período 1940-1945, turbinado pelos contratos de guerra e subsídios governamentais. Com esta plataforma invadiram a América Latina e o mundo.