Estive no dia 28/5, na 8ª Jornada Nacional de Debates do DIEESE-DF (na sede do CONDSEF), representando nossa entidade. Onde fui muito bem recebido pelo Econ. Clóvis Scherer, responsável pelo DIEESE, este fez questão de elogiar a nossa presença no evento.
1. Crescimento Econômico;
2. Inflação;
3. Mercado de Trabalho;
4. Negociações Coletivas.
Crescimento Econômico:
A análise conjuntural identificou como promissoras as atitudes do Governo Federal, na busca pelo crescimento econômico, as desonerações de impostos em alguns setores da economia e também da folha de pagamento, pois resultaria no aumento do folego financeiro dos setores abrangidos, e no momento posterior seria revertido no aumento dos investimentos e consequentemente no aumentando a produção.
Indicando também, uma grande participação da União em investimentos, seja de forma direta ou de empresas estatais, e dos Munícipios e Estados através dos repasses federais. Partindo de 2003, praticamente dobrando no ano de 2012.
Os juros foram abordados, “en passant”, se reportando apenas ao patamar mais baixo da historia em caráter nominal mas, sendo alto se olhando pelo prisma real. Sendo que assim ainda não está atraente ao empresários, com intuito de incentivá-los a investir.
Inflação:
Os resultados apresentados mostram que durante os últimos 10 anos foram mantidos os índices dentro do regime de metas, apesar do resultado do ano anterior estar no teto da meta.
Mercado de Trabalho:
No tema, mostrou a tendência de redução do desemprego e no aumento do número de vagas novas se manteve, mas estão perdendo folego, principalmente no ano passado. Sendo que temos 47 milhões de estoque de emprego na economia nacional, com uma margem de 10% de desemprego (no DF aproximadamente de 13%).
Negociações Coletivas:
A explanação chama a atenção, durante os últimos 4 anos o PIB obteve o crescimento médio de 3,5%, e o acréscimo real nos salários no mesmo período foi de 1,5%.
Na análise do ano de 2012, nas categorias acompanhadas pelo DIEESE, 96% destas conseguiram alcançar aumentos reais em suas negociações salariais.
Conclusão
Após os dados e análise conjuntural apresentado, foi aberto ao debate e concedida a palavra aos presentes, onde teci minhas considerações contribuindo e enriquecendo os temas discutidos, principalmente .
Verificamos a existência de um aumento do excedente econômico nos últimos anos, e também a constatação de uma disputa árdua por quem fica com este, em diversos setores da economia, pelos trabalhadores, empresariado (produtivos e financeiros), governo. E o resultado da análise, que a maior parte fica com o empresariado, aumentando seus lucros e não revestindo na economia - conforme a explanação onde a média de crescimento dos últimos 4 anos do PIB, foi de 3,5% e o aumento do salário real foi de 1,5% em média no mesmo período, não alcançando 50% do crescimento aos trabalhadores -, como espera o Governo.
Discutimos que os preços nominais não são flexíveis, pois não há interesse da classe empresarial em reduzir suas taxas de lucro, principalmente se tratando da economia brasileira ter na sua maioria ser comandada por empresas multinacionais focadas em repassar os lucros, obtidos aqui em solo brasileiro, á suas matrizes combalidas da crise internacional.
Portanto, fica claro os erros estratégicos do Governo Federal, em se manter o juros altos (para ajudar os banqueiros), e reduzir os impostos para apenas aumentar os lucros empresariais (capital estrangeiro), pois resulta apena num sacrifício da classe trabalhadora (privada e pública) através de arrochos salariais e perdas de direitos trabalhistas em nome de uma "competitividade", para se manter o sistema econômico mundial.
Ficando clara a importância da presença de representante do profissional da Economia, nessa plenária, abrindo portas para parcerias e eventos futuros.
Flauzino Neto
Flauzino Neto
Um comentário:
Olá professor, que bom que retornaste com os textos. Fez falta.
Grande abraço.
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