A crise do capitalismo, na década 20 do século passado, foi um momento de tensão e crise, que pegara o mundo de surpresa, após um período de prosperidade e crescimento econômico, desde do final da primeira grande mundial - a Europa destruida e os EUA passaram a guerra ilesos. Os EUA passavam a ser o país mais rico do mundo, pois estavam produzindo e vendendo para os países que estavam em crise devido a guerra, como era o caso principalmente, dos países europeus. Os EUA, eram os maiores produtores de eletrodoméstico e veículos entre outros bens de consumos duráveis e não duráveis, alem de comprar quase tudo, pois era o único país capaz e com folego financeiro para tal, no mundo.
Mas esta época de grandes produções durou apenas na década de 20, pois em 1929 o país mergulha em uma crise econômica. O principal motivo dos EUA estar entrando nesta crise, era que os países europeus que eram seus principais clientes, estavam lutando para reconstruir a Europa, por este motivo diminuíram os negócios com os EUA e passaram a produzir para eles mesmos e depois para outros países. A França, Alemanha e Inglaterra reduziram as exportações e começaram a reorganizar seus parques industriais, aumentando suas economias gradativamente. Os EUA, mesmo com a crise, continuaram a produzir a todo o vapor ocorrendo então à superprodução armazenando os produtos e como conseqüência demitindo aproximadamente 15 milhões de trabalhadores, e as pessoas ficaram assustadas indo vender as ações que tinham investidas, houve também muita especulação, dinheiro fácil de bancos para compras de ações na bolsa, quando perceberam já não havia nada a fazer, foi a maior crise gerada pelo liberalismo econômico e o livre-mercado, pois o presidente republicano dos EUA, da época, não quiz intervir na economia para reverter a situção, por se tratar de uma "blásfemia" teórica e deu no que deu.
No mesmo ano (1929) ocorre a queda da bolsa de valores de Nova York, esta tragédia faz com que os bancos e as empresas percam seus valores, alem de abalar a economia de todo o mundo, este acontecimento ficou conhecido como quinta-feira negra, com uma quebradeira sem precedentes e até em suícidios.
O Brasil foi afetado por esta crise, pois exportava 21 milhões de sacas de café, teve prejuízo de 7 milhões. O desastre econômico afetou a estrutura brasileira na época da republica oligarquia. O presidente do EUA, o democrata Roosevelt - que ganhara as eleição seguinte a crise - adotou uma medida socioeconômica para tentar recuperar o país, esta medida foi chamada de Newdeal (novo acordo), com base na teoria Keynesiana, com intervenção do Estado para garantir as mudanças necessárias. O objetivo do newdeal era recuperar o país da crise econômica, as ações adotadas pelo newdeal era que os preços dos produtos agrícolas e industriais passam a ser controladas pelo governo e foram feitos empréstimos para fazendeiros com o objetivo de ajudar eles a pagarem suas dividas, o governo criou diversas obras para oferecer emprego paras as pessoas desempregadas, foi ai que surgiu também o salário desemprego que tinha como objetivo de ajudar a situação dos trabalhadores que estavam naquela situação.
Um comentário:
Professor,
apesar do titulo, admiro o trabalho de Keynes e não pretendia julgar o mesmo.
Se observar, a maior parte do texto aponto as falhas da teoria ortodoxa, sem criticá-la diretamente. No mesmo texto, parece que defendo o keynesianismo e no final nego sua veracidade.
Meu objetivo é levar a seguinte questão: acho que a pergunta que vem sendo feita não nos leva a lugar nenhum.
Ao invés de perguntarmos "Que teoria está certa?" Deveriamos discutir: "A teoria X é conveniente a quem? E em que momento?"
Como disse, não é que Keynes tenha renascido, ele vai ressurgir toda vez que a crise chegar e a teoria ortodoxa volta com tudo toda vez que as coisas estiverem encaminhadas.
tudo depende dos interesses...
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