07 agosto 2008

Resultados práticos

Com Lula, quantidade de indigentes cai pela metade e pobreza diminui, aponta IPEA “O Brasil está deixando de ser um país de pobreza absoluta para ser um país de pobreza relativa, diminuindo a distância entre o topo e a base da pirâmide”, declarou o presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), Márcio Pochmann, ao apresentar, na última terça-feira, o estudo “Pobreza e Riqueza no Brasil Metropolitano”. Pochmann destacou que de 2003 até 2008, “o avanço é maior nos pobres do que nos ricos”.
O estudo cobre seis capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre – consideradas representativas do conjunto do país, pois nessas cidades vivem 25% dos brasileiros e nelas é produzido a maior parte do PIB brasileiro.
Utilizando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do IBGE, o estudo mostra que a população “indigente” (com rendimento individual até um quarto de salário-mínimo - R$ 103,75) foi reduzida à metade durante o governo Lula. Em cinco anos, os indigentes diminuíram de 6,04 milhões para 3,12 milhões. Eles eram 13,7% da população brasileira em 2003 e agora, segundo estimativa do Ipea para este ano, serão 6,6% ao final de 2008.
Quanto aos “pobres”, definidos pelo Ipea como aqueles que ganham mais de um quarto até meio salário-mínimo, diminuíram de 15,44 milhões para 11,35 milhões. O que quer dizer que 4 milhões de brasileiros nessas seis capitais saíram da faixa de pobreza definida pelo Ipea, desde o início do governo Lula: eram 32,9% da população e ao fim de 2008 serão 24,1%.
Foi em Belo Horizonte a maior redução da pobreza, de acordo com os critérios do IPEA – os pobres passaram de 38,3% para 23,1% da população. As capitais com maior parcela de pobres são as nordestinas: Recife (43,1%) e Salvador (37,4%).
Os motivos para a redução dos indigentes e pobres são, segundo Pochmann, o crescimento da economia, o aumento do salário mínimo, os programas sociais como o Bolsa-Família e os incentivos à agricultura familiar.
Quanto aos ricos (mais de 40 salários-mínimos de renda familiar - R$ 16,6 mil), eles aumentaram de 448,5 mil para 476,59 mil, passando de 0,8% para 1% da população. Porém, Pochmann observou que os dados sobre os quais trabalhou o IPEA dizem respeito, fundamentalmente, aos rendimentos do trabalho e às aposentadorias.
O presidente do IPEA chamou a atenção para o problema salarial. Apesar dos pobres em geral terem melhorado de vida, os ganhos de produtividade não têm sido repassado aos salários, o que faz com que a renda dos mais ricos aumente mais do que a dos mais pobres.

Nenhum comentário: