FOI EM SP, PRINCIPALMETE COM ALKMIM E NO RIO GRANDE DO SUL TAMBÉM É ASSIM..."
Choque" tucano provoca crise administrativa em Alagoas Publicidade THIAGO REIS da Agência Folha FÁBIO GUIBU da Agência Folha, em Maceió.
O modelo de administração adotado pelo governador Teotonio Vilela Filho(PSDB) em Alagoas, inspirado no "choque de gestão" aplicado em Minas Gerais pelo também tucano Aécio Neves, foi o grande responsável pela crise no Estado nordestino. É o que afirmam a OAB (Ordem dos Advogados doBrasil) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) alagoanas. Nos cerca de nove meses de governo, Teotonio enfrentou 183 dias de grevede diversas categorias (algumas ao mesmo tempo), o que equivale a 71% do tempo em que esteve no cargo. Não houve um mês sem greve."O governador de Alagoas criou uma bomba orientado pelo pessoal de Minas Gerais. Usou uma receita mineira dada por técnicos e conselheirospolíticos que vieram para cá", afirma Izac Jacson, presidente da CUT-AL.Ele diz que o decreto baixado em janeiro por Teotonio, que suspendeu osreajustes salariais dados em abril de 2006 a todos os servidores, gerouuma "quebra de confiança"."Havia um acordo. Durante o processo eleitoral, ele assumiu o compromissode não mexer nos salários. Ocorreu uma traição. Ele elencou a folha depessoal como principal guarda-chuva para fazer caixa", disse.Policiais militares, médicos, funcionários públicos da Saúde, policiais civis, professores e servidores da Educação já fizeram greve neste ano. As quatro últimas categorias estão paradas no momento. De acordo com Jacson, outros servidores também podem parar: "Os agentespenitenciários podem parar no dia 20. Tem fugido preso todas as semanas, eo governo quer que eles se responsabilizem pela parte externa dospresídios. Eles são agentes socializadores, não de segurança."EstopimO decreto, publicado em 15 de janeiro no "Diário Oficial", foi o estopimpara uma paralisação geral, que teve início no dia 16. Uma semana depois,o governador revogou o decreto, mas a crise permaneceu. Para o presidente da OAB-AL, Omar Mello, a importação do modelo mineiroexplica o quadro atual: "Veio gente do PSDB de lá trazendo essa obra-primade gestão. O que existe em Minas é um trabalho bem elaborado de marketing.Há, na verdade, um sufocamento do servidor público. Ele é tratado a pão e água. Não dá para imaginar como um Estado pode crescer mantendo um serviço público em baixa, desestimulado". A expressão "choque de gestão" foi utilizada à exaustão por Geraldo Alckmin (PSDB) na campanha presidencial do ano passado. O programatrabalha com estabelecimento de metas e contrapartidas e se funda noenxugamento da administração, no aumento da capacidade de arrecadar e nogerenciamento de despesas.O governo de Alagoas firmou convênio com duas empresas de consultoria, a Macroplan e a INDG, usadas por Aécio, para elaborar o plano de gestão.Teotonio viajou a Minas para conhecer o programa. Com o "choque degestão", Aécio disse que conseguiu zerar seu déficit. Mas para Mello, daOAB-AL, Minas vive uma "farsa, um desenvolvimento de fachada".
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